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Estresse e excesso de peso podem provocar infertilidade

 A dificuldade para ter filhos pode acontecer por uma série de motivos. Segundo estimativas dos médicos, na metade das vezes o problema é com a mulher. Em 35% dos casos, é o homem que apresenta alguma dificuldade. Nos outros casos, ou não há um motivo aparente ou aparece alguma causa mais rara.

O Bem Estar desta quinta-feira (28) recebeu os ginecologistas José Bento e Renato Kalil para dar orientações sobre tratamentos de fertilidade. Eles explicaram ainda o que é a endometriose, e qual a sua relação com as cólicas menstruais.

A endometriose é considerada hoje a principal causa de infertilidade, não só entre as mulheres. O endométrio é a mucosa que reveste a camada interna do útero. Na endometriose, essa mucosa se forma em outras partes do corpo.

A doença causa uma alteração hormonal, o que faz com que a mulher ovule menos. As trompas, que ligam o ovário ao útero, tendem a grudar em outros órgãos e ficar estáticas, o que dificulta a chegada dos óvulos. Por fim, mesmo quando o óvulo é fecundado e chega ao útero, ele tem dificuldade para se fixar na parede do útero. A soma desses fatores faz da endometriose um potencial empecilho à fertilidade.

O exame que identifica a doença é chamado de histeroscopia. Ele permite ver dentro do útero e identificar também problemas como o pólipo e o mioma.

Em muitos casos, a endometriose pode ser resolvida por uma cirurgia chamada laparoscopia. Ela também é indicada para quem tem as trompas obstruídas ou aderências intestinais que atrapalhem a fecundação.

Nas mulheres que não têm a doença, em que o endométrio é formado dentro do útero, ele é naturalmente expelido a cada vez que não ocorre a gravidez – isso é a menstruação. Esse processo de eliminação pode ser acompanhado de dor, a famosa cólica.

A cólica deixa de ser normal quando impossibilita a mulher de exercer suas atividades normais do cotidiano ou quando dura mais de três dias. Nesses casos, é melhor procurar um médico, pois ela pode ser o sinal de algum problema – como a própria endometriose.

Estresse e excesso de peso

O estresse e o excesso de peso, dois problemas que refletem em quase todas as funções do corpo humano, também têm seu efeito sobre a fertilidade. Tanto nos homens quanto nas mulheres, o excesso de peso altera as taxas de hormônios ligados à reprodução.

Mulheres magras demais também podem apresentar dificuldades para engravidar. A falta de gordura no corpo inibe a produção de hormônios essenciais na reprodução, como o estrógeno.

Nos homens, a preocupação estética exagerada também pode causar infertilidade – o uso de anabolizantes prejudica o funcionamento dos testículos, resultando em uma produção de espermatozoides com baixa quantidade e capacidade de fecundação.

Já o estresse causa infertilidade porque bloqueia a comunicação hormonal e interfere no processo de ovulação das mulheres. Nos homens, causa problemas de impotência, dificuldades de ejaculação e alterações na qualidade dos espermatozoides.

Exames

Há uma série de exames disponíveis para testar a fertilidade do casal. Veja a lista abaixo:

Mulheres

  • Exame de sangue: verifica os hormônios, a sorologia e doenças imunológicas.
  • Cariótipo (exame de sangue): avalia se há alterações cromossômicas, que podem causar problemas reprodutivos do casal, como infertilidade, abortamentos de repetição e má-formação do bebê. Caso sejam diagnosticadas alterações cromossômicas, é possível programar um tratamento específico.
  • Avaliação dos órgãos reprodutores: vagina, colo do útero, endométrio e trompas.
  • Histerossalpingografia: este exame normalmente é solicitado após um ano de tentativa de engravidar. Ele avalia a cavidade uterina para verificar se há pólipos, miomas e aderências e também se as trompas estão obstruídas ou com alguma inflamação.
  • Histeroscopia: este exame só é realizado quando o médico identifica alterações na cavidade uterina, como infecções, más-formações, aderências, pólipos e miomas.
  • Culturas vaginais: pesquisa se há alguma infecção vaginal, pois algumas bactérias impedem a gravidez.
  • Ressonância, videolaparoscipia e ultrassom específico: esses exames só são solicitados quando a mulher tem endometriose.

Homens

  • Espermograma: exame feito em laboratório que detecta a quantidade, qualidade e morfologia do esperma liberado pelo homem durante a ejaculação.
  • Cariótipo (exame de sangue): avalia se há alterações cromossômicas que possam causar problemas reprodutivos do casal, como infertilidade, abortamentos de repetição e má-formação do bebê. Caso sejam diagnosticadas alterações cromossômicas, é possível programar um tratamento específico.

 

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/07/estresse-e-excesso-de-peso-podem-provocar-infertilidade.html

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